É o fim?

Entenda melhor sobre os rumores que cercam o futuro do Google Glass

 

Brian Ho

Recentemente, nos EUA surgiram supostos rumores a respeito da permanência do Google Glass no mercado. Desde o seu lançamento oficial em 2013, o dispositivo tem recebido crescentes críticas da opinião pública, o que levanta suspeitas sobre sua continuidade tanto no setor médico, como fora dele. 

No entanto, talvez a situação do dispositivo não seja assim tão devastadora. Tecnólogos americanos, afirmam que a maioria dos usuários que rejeitam ou criticam o Google Glass, são particularmente pessoas que não fazem parte do setor de saúde, ou seja, que não trabalham nessa área. Isso revela que mesmo não sendo o dispositivo vestível preferido da opinião pública, o Glass tem a total atenção do setor médico.

Algumas dessas críticas estavam relacionadas com as funcionalidades do dispositivo, o design pouco discreto do Google Glass, e principalmente as restrições ao uso do dispositivo em diversos locais públicos, como: cinemas e restaurantes. Muito mais do que criticas técnicas em relação ao Google Glass, nos EUA na Europa tem crescido o preconceito em relação às pessoas que usam o dispositivo em ambientes públicos. 

Porém, apesar dos impasses, não há nenhuma garantia de que o Google Glass saíra do mercado, na verdade, ainda é possível que o gadget tenha algum sucesso. No mês de novembro, o site americano Healthcare Dive listou algumas razões para achar que o Google Glass não esta com os seus dias contados. Entre elas, está o interesse da área de saúde no dispositivo, já que é importante para os médicos possuírem um aparelho que permita autonomia durante um procedimento cirúrgico e que não exija que o profissional utilize as mãos. Inclui-se também nessa lista, que os problemas de design enfrentados pelo dispositivo não tem importância nos corredores dos hospitais, já que há “muito potencial para essa tecnologia”, afirma o site. 

Resta esperar para ver se o Google Glass encontrará no setor saúde, um ambiente em que suas funções podem ser mais bem aproveitadas e que a sua tecnologia possa se consolidar como uma referência para as criações posteriores. 

Salvando vidas com o Google Glass

Conheça a história do bombeiro Patrick Jackson, que encontrou no Google Glass uma nova maneira de executar o seu trabalho

 

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O Google Glass não é apenas usado no setor de saúde, muito pelo contrário! Desde o seu lançamento no começo do ano passado, o dispositivo tem sido alvo de muitos setores da indústria.

Em uma entrevista para a revista Info em junho de 2013, Michael DiGiovanni, o criador do aplicativo Wink, que permite tirar fotos apenas piscando os olhos, confessou não acreditar que o dispositivo se torne tão popularizado, mas que “certamente haverá mercado para produtos como ele”.

Aparentemente, DiGiovanni estava certo. O Google Glass não se tornou um hardware de massa, mas chamou a atenção do mercado. No início de 2014, o bombeiro Patrick Jackson desenvolveu um aplicativo para o Google Glass que iria auxilia-lo no seu trabalho.

O aplicativo criado por Jackson tinha como função direcionar para os óculos as chamadas recebidas pelo 911(número dos bombeiros nos Estados Unidos), e assim que recebidas, o dispositivo mostrava um mapa com as coordenadas do acidente. Jackson, porém, tinha planos para ir mais além. A próxima meta criada por Patrick é que no futuro o aplicativo criado por ele possa mapear um prédio em chamas entre outros ambientes na mesma situação, indicando a localização exata dos focos de incêndio.

Patrick não foi o único bombeiro a visualizar no dispositivo novas possibilidades, até 17 de abril deste ano, a relação do Google Glass com o corpo de bombeiros na Holanda ficou mais estreita. A empresa de TI, Incentro, estava trabalhando com os bombeiros de Amsterdã para desenvolver um aplicativo para o Google Glass que também auxiliasse os bombeiros em suas tarefas rotineiras.

Assista a seguir o vídeo simulação feito por Patrick Jackson usando o Google Glass durante um incêndio e entenda melhor como o bombeiro usou o dispositivo para melhorar o seu desempenho profissional: